domingo, 18 de setembro de 2011

Partidos vão propor corte de gastos para aprovar novas vagas para vereadores em Joinville

Fonte: Jornal A Notícia

Entre os cortes que devem ser propostos estão a diminuição no número de assessores e do limite de gastos salariais com os comissionados

João Kamradt | joao.kamradt@an.com.br
Os partidos políticos vão tentar tirar uma carta da manga para convencer as entidades empresariais sobre a validade do aumento do número de vereadores para 25. Na reunião que terão com o Fórum de Entidades Empresariais nesta segunda-feira, as legendas vão sugerir um pacote de redução de custos para o Legislativo.
O objetivo é que, com a promessa de corte de gastos, eles consigam o apoio para que seja aprovada a lei que criaria seis cadeiras de parlamentares em Joinville.
Entre os cortes que devem ser propostos estão a diminuição no número de assessores e do limite de gastos salariais com os comissionados. Além disso, o fim do aluguel dos carros, a diminuição no valor do contrato de gasolina e a limitação nos gastos de diárias concedidas aos vereadores.

A proposta final está sendo elaborada e passará por uma discussão entre os presidentes de diretórios municipais na segunda, antes do encontro com as entidades, que já se manifestaram contrárias à ampliação das vagas na Câmara de Joinville.
— Temos de focar a discussão no aumento da representatividade. Se o entrave são os gastos da Câmara, vamos cortar na carne e mostrar que é possível ter mais cadeiras com menos gastos —, explica Carmelina Barjona, presidente do PP de Joinville.

Hoje, cada vereador tem direito a 13 assessores, que representam um teto de salários de R$ 17,9 mil mensais. Enquanto isso, os gastos com gasolina podem chegar até o final do ano em R$ 103,4 mil. Já o aluguel dos veículos emprestados pelo Legislativo aos vereadores poderá consumir R$ 313,7 mil até o fim do ano.

A proposta ainda será fechada na segunda, mas a tendência é que as legendas peçam que esses tópicos sejam incorporados no projeto de emenda da Lei Orgânica do Munícipio (LOM) feito por Adilson Mariano (PT) e pela sugestão dada por James Schroeder (PDT).

No texto, Mariano propõe o aumento de vagas condicionado ao fato de que o reajuste salarial dos parlamentares seja realizado de acordo com o aumento concedido anualmente aos servidores públicos municipais. Atualmente, os parlamentares recebem R$ 8,7 mil. A proposta de James é de que seja diminuído o teto máximo do repasse constitucional feito pela Prefeitura ao Legislativo. Hoje, o repasse equivale a até 4,5% do orçamento.
— Vamos apresentar alternativas para reduzir o custo. Redução do número de assessores e o fim do aluguel dos carros seriam boas soluções que já trariam impacto significativo —, alega Irio Côrrea, presidente do PT de Joinville.

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